Guia estudo de fotografia

Fotografe Melhor n o 270 • 71 Cada vez mais mulheres se interessam em estudar fotografia para atuar no mercado Os bons cursos profissionalizantes preparam o aluno para atuar em diversos segmentos (SP), por exemplo, têm reunido mais mulheres do que homens e, de maneira geral, elas têm menos dificuldades para se firmarem como profissionais e viver de fotografia. Dez anos atrás, era raro ver mulheres em salas de aula de fotografia. Hoje há classes com pelo menos 50% delas e outras em que são maioria. A avaliação dos especialistas é que as mulheres são mais sensíveis e muito focadas. Rodrigo Zugaib, ex-professor de Fotografia do Senac-SP e hoje diretor da escola Fullframe, diz que teve salas só com mulheres e que vem observando um crescimento do público feminino nos últimos anos. E, de forma geral, quando o objetivo é a profissionalização na fotografia, Zugaib afirma que dá para perceber quem terá mais chances de se inserir com sucesso no mercado: é o aluno interessado, homem ou mulher, que entrega os trabalhos no prazo, não chega atrasado, não falta, interpela o professor quando tem dúvida, visita exposições, lê livros e revistas sobre ao assunto, é curioso... “Todos que se dedicam entram no mercado. Alguns levam menos tempo e outros mais. Em média, esse período de maturação é de dois anos”, avalia. EXPEDIÇÕES EM ALTA Outra forma de aprender fotografia que vem crescendo muito nos últimos anos é participar de expedições fotográficas comandadas por fotógrafos profissionais experientes que ministram uma espécie de workshop teórico e prático durante o período em que convivem com os alunos. O formato é parecido em todas as empresas que organizam esse tipo de evento: são definidos grupos participantes, não muito grandes (10 a 20 pessoas em média), que viajam para um determinado local, no Brasil ou no exterior, que ofereça um atrativo ao mesmo tempo turístico e fotográfico. A duração da expedição depende do destino, mas geralmente tem duração mínima de três a quatro dias e máxima de 10 a 15 dias. Os roteiros, na maioria, são ligados à natureza e à vida selvagem, tanto em destinos nacionais como internacionais, e direcionados a um público de alto poder aquisitivo, já que o investimento nas viagens (principalmente ao exterior) não é baixo. A vantagem dos participantes de expedições é poder conviver diariamente com o professor, exercitar a fotografia de forma ampla (paisagens, cenas de ação, retratos, documentário, capturas noturnas, macrofografia e até imagens subaquáticas em alguns casos), ter uma avalição tanto do líder da expedição quanto dos colegas do material produzido durante a viagem e fazer turismo de maneira menos passiva e muito mais ativa, que também não deixa de ser uma ótima experiência de vida.

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