De um certo tempo para cá, o uso do flash externo (ou de um conjunto de flashes) como fonte de luz que substitui a iluminação de estúdio em saídas externas vem se propagando entre profissionais e experts, seja em retratos, ensaios de moda, book de noivas e até fotos de culinária. Portabilidade e versatilidade estão entre as principais vantagens apontadas por quem faz uso do sistema.
Porém, a carência de acessórios de iluminação adequados para usar com os flashes dedicados, como hazies, refletores e snoots, por exemplo, é uma das maiores dificuldades encontradas pelos fotógrafos, que acabam ficando à mercê de improvisos – o que não significa que seja algo ruim, pois estimula a criatividade e cria até movimentos fotográficos, como o Strobist (strobist.blogspot.com), blog criado pelo fotógrafo norteamericano David Hobby, que ensina, publica tópicos e troca experiências sobre iluminação profissional com flash dedicado.
Para suprir essa falta de acessórios de iluminação, a fabricante paranaense Mako colocou no mercado uma linha produtos desenvolvidos especialmente para quem migrou dos flashes de estúdio para os dedicados. Os fotógrafos paulistanos Mauro Holanda e Tomaz Vello, que são adeptos da técnica que dispensa a parafernália normalmente usada em uma foto feita longe do estúdio, passaram alguns meses testando os produtos em várias situações. Além disso, os profissionais mostram aqui algumas saídas criativas feitas por eles, antes do lançamento dos produtos fabricados no Brasil.


Na base do improviso
A forma de trabalhar com flashes dedicados é muito simples e prática. Há diversas maneiras de dispô-los: você pode pedir para um assistente segurá-lo na mão enquanto fotografa ou colocá-lo sobre um móvel. Porém, uma das formas mais versáteis e eficazes ainda é usar tripés ou manoplas telescópicas. Por outro lado, os flashes externos não contam com aquele encaixe para tripés de estúdio, como os dos flashes profissionais. A saída é recorrer a adaptações, como fez Mauro Holanda. Depois de muitas pesquisas, ele descobriu em um blog mantido pelo fotógrafo Renato Miranda, da TV Globo (ilovemyjob.com.br/blog), como prender o flash no tripé usando o adaptador para octsoft e softbox feito da Mako. O produto é vendido por R$ 82 (sem IPI).
“Em uma das extremidades fixo o flash, usando o próprio su por te dele como apoio. Na outra ponta, rosqueio um anel adaptador para uso de acessórios de flash de estúdio. Dessa maneira eu consigo usar a maioria dos acessórios de iluminação do meu estúdio”, diz.
Já o fotógrafo Tomaz Vello usa a carcaça de um velho flash da Atek como solução: “Recortei o fundo para servir de entrada para o flash externo. Com isso, a frente continua sendo útil para encaixar os acessórios de flash de estúdio e ainda consigo fixar o flash dedicado no tripé”, explica ele, que gosta de bancar o MacGyver no estúdio e é fã do movimento Strobist: “Para o flash de reportagem, adaptei uma luminária em forma de prato para obter uma luz mais abrangente e também concentrada se comparada à dos refletores portraits comuns. Uma vez vi um fotógrafo que fez uma colmeia com canudinhos de refrigerante e estou pensando em criar algo parecido também”, diz.

