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Imagem corporativa construída com ajuda de retratos

Conheça o trabalho do fotógrafo Cícero Rodrigues, que mostra como trabalhar a fotografia institucional para grandes clientes como TV Globo, Sesc e Petrobras

Diego Meneghetti por Diego Meneghetti
22 de outubro de 2020
em Baú da Fotografe
Imagem corporativa construída com ajuda de retratos

A paisagem urbana e cosmopolita de São Paulo foi a escolhida para retratar o autor Alcides Nogueira, fotografado em frente ao MASP. Foto: Cícero Rodrigues

Quando se fala em imagem, a definição mais usual para o termo, claro, vem da fotografia. Seja ela impressa ou digital, uma foto retrata muito bem a função de toda imagem: representar alguma coisa. Contudo, imagem pode tratar-se, também, da lembrança ou da ideia que se tem de alguém ou algo, como uma empresa, por exemplo. Assim é a imagem corporativa, termo cada vez mais importante no setor empresarial, o qual define como uma empresa é percebida pelos clientes, não apenas pelas ações no mercado, mas também pela forma com que divulga seu nome e suas ações. É nesta área que trabalha o fotógrafo Cícero Rodrigues, no Rio de Janeiro (RJ).

Com 30 anos de profissão, ele tem na arte de clicar uma longa história: aos 17 anos começou a trabalhar como laboratorista e, após cursar Comunicação Social, escolheu o fotojornalismo para sua carreira. Como freelancer, passou pela Folha de S.Paulo, cobriu grandes shows do rock brasileiro dos anos de 1980, embrenhou-se na fotografia empresarial por meio de house organs em grandes corporações (como no extinto Banco Nacional), trabalhou para agências de publicidade, lecionou fotografia em escolas e faculdades e, atualmente, foca seu trabalho no segmento da fotografia corporativa. Em seu portfólio estão trabalhos para empresas como Petrobras, Unimed, Sesc, FGV, TV Globo, Hotéis Windsor, entre outras.

“A diferença entre todos esses segmentos da fotografia é menos em relação à técnica ou à linguagem em si, e mais na forma de atender os diferentes clientes. O setor corporativo possui uma cultura própria que o fotógrafo precisa assimilar: com quem você fala, quais são as demandas da empresa, questões de verba, valores, prazos de entrega e forma de pagamento são questões importantes”, diz Rodrigues.

Um dos trabalhos mais recentes do fotógrafo na área foi encomendado pela Rede Globo de Televisão. O livro Autores – História da Teledramaturgia, dividido em dois grandes volumes (484 páginas cada), reúne extensas entrevistas com 16 autores de novelas globais, acompanhadas de belos retratos produzidos por Rodrigues. A publicação conta também com a participação do fotógrafo Fernando Lemos, que fotografou apenas a autora Glória Perez.

O projeto começou no Memória Globo, um departamento que cuida da imagem institucional e da história da empresa. Formada por historiadores, antropólogos, sociólogos e jornalistas, essa equipe entrevistou funcionários e colaboradores da Rede Globo, trabalho que resultou em uma série de livros: Dicionário da TV Globo, Jornal Nacional: A Notícia Faz História, Almanaque da TV Globo e Entre Tramas, Rendas e Fuxicos: o Figurino na Teledramaturgia da TV Globo, este último também com fotografias de Cícero Rodrigues.

A sala clean em que trabalha o ator e escritor Miguel Falabella, diferente dos ambientes cheios de livros, foi o suficiente para o fotógrafo. Foto: Cícero Rodrigues

“Havia a ideia por parte da Globo de produzir um livro sobre os autores de novelas, com o intuito de enaltecer o trabalho autoral. Como as novelas no Brasil são vistas como um produto popular, o objetivo da empresa foi dar um tratamento literário aos escritores, corroborando a qualidade dos textos de teledramaturgia”, conta o fotógrafo.

Rodrigues enviou algumas propostas de trabalho que reforçassem, por meio de fotos, a ideia da publicação. A Globo acatou e o primeiro conceito foi trabalhar com imagens em preto e branco, o que, segundo o fotógrafo, causou estranhamento dentro da empresa. “A foto p&b traz um tom mais clássico, dos grandes autores de literatura que foram retratados durante a história. Procurei usar essa linguagem para construir a ideia presente no livro”.

Rodrigues conta que usou algumas referências como os livros do brasileiro Éder Chiodetto (O Lugar do Escritor), que retrata 36 escritores brasileiros em seus locais de trabalho, e da autora e fotógrafa norte-americana Jill Krementz (The Writer’s Desk), que segue o mesmo conceito e apresenta 58 fotos em p&b de escritores nos locais de trabalho, como John Irving, Stephen King e Pablo Neruda.

“Com esse material em mente, procurei dar às fotos dos autores das novelas um tratamento autoral como o usado nos retratos de escritores da década de 1950, mas com uma linguagem mais moderna. Fotografei os autores nos locais de trabalho, em locações importantes para suas histórias e em ambientes que frequentam. Foi importante entender o conceito que a empresa queria no livro e transmitir isso por meio dos retratos”, diz.

Uma das ideias para as fotografias dos autores da Globo foi retratá-los nos locais de trabalho, como Walcyr Carrasco em seu escritório. Foto: Cícero Rodrigues

Técnicas

Na produção dos retratos dos autores, por mais que não acompanhe novelas, Rodrigues conta que se surpreendeu com o reconhecimento popular que eles têm, como Sílvio de Abreu, autor de 17 novelas na Globo, entre elas A Próxima Vítima, de 1995. Na trama, a personagem de Tony Ramos, o Juca, tinha uma barraca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo, um dos ambientes em que Rodrigues escolheu para fotografar o Sílvio de Abreu.

O sucesso da novela deixou de legado a fama para a banca de frutas, que exibe até hoje a placa “Barraca do Juca, a verdadeira barraca da novela A Próxima Vítima”. O fotógrafo lembra que, no dia da produção dos retratos, o autor chamou a atenção de tantos fãs que houve um momento que tiveram que parar o trabalho. Mesmo frenesi aconteceu com Manoel Carlos, no Rio de Janeiro.

“Como a Globo é uma grande corporação, houve a preocupação em não mostrar o rosto de ninguém nas fotos externas, para não haver problemas com direito de imagem. Uma boa solução para isso foi usar uma velocidade baixa na foto, para criar um efeito de arrasto nas pessoas que passavam à frente da barraca. Mas isso exigiu que o Sílvio de Abreu ficasse imóvel por alguns segundos. Não é qualquer pessoa que topa produzir imagens como essa, e ele fez isso de uma maneira muito tranquila”, conta o fotógrafo.

Retrato de Walter Negrão produzido com iluminação ambiente. Foto: Cícero Rodrigues

Em situações como essa e também nas imagens captadas nas residências dos autores, Rodrigues precisou de agilidade e pouco equipamento para não interferir na ambiência que pretendia fotografar. Para isso, aumentou a sensibilidade da captação, usou muita iluminação natural e basicamente três flashes dedicados da Canon, um na máquina e dois remotos segurados por assistentes. “Como foram muitos retratos masculinos, aproveitei o alto contraste da luz do flash para favorecer a expressão de alguns escritores. Assim, a limitação do equipamento ajudou a criar uma linguagem própria”, diz.

Ele conta que fez uma escolha técnica porque sabia que não seria possível carregar muito equipamento e demorar para montá-lo. Usou o avanço da fotografia digital para ajudá-lo: um trabalho como esse, com preocupação com a qualidade de impressão, antigamente seria feito em médio formato, o que exigiria muita luz. Para conseguir uma profundidade de foco razoável em médio formato, ele precisaria trabalhar com o diafragma f/8 ou f/11. Nas externas, precisaria equilibrar a temperatura da luz com refletores e por aí vai. Aproveitou-se da avançada tecnologia atual para suprir tudo isso, explica.

Rodrigues trabalha com uma Canon EOS-1Ds Mark II, que leva um sensor de 16 x 24 mm (sem fator de corte), com 16,7 megapixels de resolução. Quanto às objetivas, ele revela que trabalhou com uma variação grande, desde uma zoom grande angular 17-40 mm, outra 24-70 mm e uma terceira zoom tele 70-200 mm. “Um equipamento leve me deixou mais à vontade para captar justamente a ambiência de trabalho dos autores, que era o objetivo principal. Um equipamento muito pesado e muitos refletores iriam alterar o ritmo daquele ambiente. Além disso, sempre combinei a luz que levei com a luz ambiente. Houve fotos que usei apenas luz natural, sempre procurando preservar o caráter documental nas imagens”.

Montagem fotográfica com Agnaldo Silva em fachada carioca. Foto: Cícero Rodrigues

Com o projeto aprovado pela Globo e pelos próprios autores que seriam fotografados, Rodrigues teve carta branca para explorar as imagens. Mas como mostrar conceitos da empresa, valores que traduzissem o cunho autoral dos escritores por meio de retratos? O tom autoral veio atrelado à intimidade que as imagens revelam no leitor, à proximidade que causa a foto da pessoa retratada em sua casa, em seu local de trabalho ou mesmo no estranhamento em alguns enquadramentos. “Houve imagens que tinha certeza que não seriam usadas, mas que entraram no livro, como uma do Antônio Calmon sem camisa na praia, mostrando as costas toda tatuada. Pensei que seriam conservadores nesse caso, mas foram bem audaciosos”, supreende-se.

Rodrigues afirma que se diverte ao fotografar pessoas ou produzir retratos. “Às vezes, a pessoa não gosta da própria imagem, outros já gostam de serem fotografados, tudo vai da personalidade. O Gilberto Braga, por exemplo, antes de começar a ser fotografado, fez uma entrevista comigo durante uma hora. Quis saber o que eu achava da fotografia, minha história… Entrevistou até meu assistente, para saber o que ele achava do projeto do livro. Ao total, ficamos quatro horas para fazer as fotos dele”, revela.

Além da produção fotográfica, Rodrigues fez o tratamento das imagens, impressas em duotone, na combinação preto e cobre, formando imagens próximas a um tom sépia. “Tudo remete à ideia do tratamento clássico do retrato. Foi um trabalho ao mesmo tempo interessante e desafiador, pois havia o risco de problemas na impressão. Mas o resultado final foi muito bom”, conta.

Clique aqui para ler o PDF na íntegra – matéria publicada em Fotografe 161 (fev/2010)

Tags: Cícero RodriguesDiego MeneghettiescritoresGloboliteraturaRede Globoretrato
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