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Use de forma criativa a relação figura e fundo

Saber como a própria visão funciona ajuda a entender como é possível fazer composições diferentes, com enquadramentos mais equilibrados e menos óbvios

Luiz Claudio Marigo por Luiz Claudio Marigo
1 de dezembro de 2020
em Baú da Fotografe
Use de forma criativa a relação figura e fundo

Araras-vermelhas fotografadas com a técnica de panning: o fundo borrado sugere a ideia de movimento, além de destacar as aves. Foto: Luiz Claudio Marigo

Ao focalizar de perto um determinado ponto de algum objeto, apenas esse ponto aparece nítido. Todo o resto fica vagamente delineado na visão periférica. É como se olhássemos através de um potente telescópio com profundidade de foco mínima.

Ao olhar uma pinta em meu braço, a 20 cm de distância, tenho que desviar os olhos para ver o fio de cabelo ao lado. Ao observar a lua cheia e prestar atenção nas manchas das crateras, tenho que redirecionar meu olhar para perceber o halo de umidade em volta dela.

O que escrevo não foi tirado de estudos de psicologia da percepção, mas de minha própria experiência e pura observação. Faça um teste e veja. Saber como a visão funciona ajuda a compreender a maneira como percebemos, selecionamos e enquadramos as cenas que fotografamos.

Esse modo especializado e seletivo (portanto, excludente) de funcionamento da atenção visual influencia a maneira como valorizamos o fundo das fotos. E, por fundo, entenda tudo o que não for o assunto principal da imagem, inclusive o que estiver em um plano anterior ao motivo principal.

Quando olhamos no monitor ou no visor da câmera SLR para fazer uma foto, muitas vezes esquecemos de considerar o que envolve o assunto principal. Excluímos o fundo e nos concentramos apenas na figura. Não percebemos o quadro total, a relação entre figura e fundo. Depois, com a imagem na tela do computador ou no papel, percebemos que a composição pode ter sido prejudicada. Justamente a composição, a organização total de todas as linhas, formas e cores, que é o elemento mais importante do design de uma imagem.

Geralmente, a harmonia entre figura e fundo é afetada por elementos que perturbam a composição, como reflexos, linhas, formas e cores, que tiram a força da figura principal, “brigam” com ela. Com essa abordagem, podemos entender que algumas fotos não têm figura e fundo. Toda a composição é figura, é assunto principal. Não somente fotos em que apenas um elemento ocupa todo o quadro, como uma textura ou um desenho, mas algumas paisagens também.

Para destacar a cigarra no primeiro plano, além de um fundo desfocado, foi usada a técnica do flash de preenchimento. Foto: Luiz Claudio Marigo
Uma foto de paisagem como esta, mesmo que inclua vários elementos no enquadramento, não constrói uma relação entre figura e fundo. Foto: Luiz Claudio Marigo

O Movimento

No entanto, essa característica da visão humana não é a única razão de fazermos fotos com interferências do fundo, com a composição desequilibrada ou estática. Por vezes, também esquecemos algumas noções de composição e desconsideramos regras básicas. Mas é preciso sempre respeitar as regras? Bem, se não conhecermos tais orientações, como desrespeitá-las criativamente?

Se colocamos a linha do horizonte no meio do quadro, dividindo uma foto de paisagem em duas partes iguais, por exemplo, criamos uma simetria paralisante que bloqueia o dinamismo interno da composição, delegando o mesmo peso visual ao primeiro plano e ao plano de fundo. O céu funciona como o elemento complementar da paisagem e, ao desperdiçarmos a oportunidade de criar um dinamismo, produzimos uma imagem estática, monótona, que atende muito mais a um primeiro impulso do olhar do que a uma composição pensada. Ao posicionarmos uma ave no meio da foto produzimos efeito semelhante.

Bromélias raras da caatinga foram destacadas do fundo em contraluz com o uso do fill flash. Foto: Luiz Claudio Marigo

A natureza da mente humana é estar em movimento. O pensamento e a percepção fluem sempre. É impossível mantê-los imóveis por muito tempo. Por isso, os exercícios de concentração são tão difíceis e frustrantes. Tudo o que não é o ponto de concentração é distração e o embate entre exercício e distração aborrece. Ao apreciarmos uma imagem sem movimento, contrariamos o ritmo da mente e nos enfadamos com isso. Não aproveitamos a oportunidade de usar o fundo como um elemento enriquecedor da imagem, tornando-o, ao contrário, um adversário do dinamismo visual.

Se considerarmos que o fundo ocupa frequentemente a maior parte da superfície da foto, é admirável que descuidemos tanto desse importante elemento de composição. Os exemplos citados são de usos passivos do fundo, mas podemos também utilizá-lo ativamente, fazendo com que ele tenha um significado na composição, dramatizando uma cena ou acrescentando sutilmente mais informação àquela imagem.

Acima, o horizonte ajudou a separar as rochas do chão; abaixo, o uso do fill flash equilibrou a exposição da cena, feita durante o pôr do sol. Foto: Luiz Claudio Marigo
Foto: Luiz Claudio Marigo

Clique aqui para ler o PDF na íntegra – matéria publicada em Fotografe 162 (mar/2010)

Tags: dicas práticasiluminaçãoLuiz Claudio MarigonaturezapaisagemVida Selvagem
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