537236001222642
Publicidade
Fotografe Melhor
  • Home
  • Revista
    • Matérias
    • Novidades
    • Edição do mês
    • Exposições
    • Livros
    • Baú da Fotografe
  • Prêmio
    • Grande Prêmio Fotografe 2022inscrições abertas!
      • Pré-selecionados Grande Prêmio Fotografe 2022novidade !
    • Prêmio Mobile Fotografe 2022resultado anunciado !
      • Ganhadores Prêmio Mobile Fotografe 2022novidade !
      • Finalistas Prêmio Mobile Fotografe 2022
      • Pré-selecionados Prêmio Mobile Fotografe 2022
    • Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Ganhadores Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Finalistas Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Ensaios pré-selecionados
      • Imagens Destacadas pré-selecionadas
  • Loja
    • Revista
    • Livros
  • Sobre
    • Histórico
    • Equipe
    • Contato
  • Conta
    • Login
    • Nova conta
Search

Mais resultados...

Generic filters
Fotografe Melhor
  • Home
  • Revista
    • Matérias
    • Novidades
    • Edição do mês
    • Exposições
    • Livros
    • Baú da Fotografe
  • Prêmio
    • Grande Prêmio Fotografe 2022inscrições abertas!
      • Pré-selecionados Grande Prêmio Fotografe 2022novidade !
    • Prêmio Mobile Fotografe 2022resultado anunciado !
      • Ganhadores Prêmio Mobile Fotografe 2022novidade !
      • Finalistas Prêmio Mobile Fotografe 2022
      • Pré-selecionados Prêmio Mobile Fotografe 2022
    • Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Ganhadores Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Finalistas Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Ensaios pré-selecionados
      • Imagens Destacadas pré-selecionadas
  • Loja
    • Revista
    • Livros
  • Sobre
    • Histórico
    • Equipe
    • Contato
  • Conta
    • Login
    • Nova conta
Home Matérias

Maria Daniel Balcazar, olhar de humanidade

A fotógrafa boliviana-americana que produziu um elogiado livro em P&B sobre a cultura afro-brasileira fala de seus projetos

Juan Esteves por Juan Esteves
9 de junho de 2022
em Matérias
Maria Daniel Balcazar, olhar de humanidade

Imagem do livro Kilombo, feita em Irajá, zona norte do Rio. Foto: Maria Daniel Balcazar

A fotógrafa Maria Daniel Balcazar

A fotógrafa Maria Daniel Balcazar encontrou uma mãe de santo em uma comunidade do Rio de Janeiro que lhe disse algo estranho, mas muito positivo: seria ela a autora de um livro que mostraria a riqueza da cultura africana no Brasil. Filha do diplomata boliviano Jaime Balcazar Aranibar, ela nasceu em Nova York, EUA, e, apesar de viver em Washington D.C. desde 2006, tem um trabalho enraizado na América Latina, com interesse especial pelas culturas andina, africana e amazônica, as quais vem fotografando constantemente. 

O fato é que dois dias depois da previsão feita pela mãe de santo, o renomado fotógrafo David Alan Harvey analisou o trabalho de Maria Balcazar e não hesitou em transformá-lo, meses depois, no livro Kilombo, editado em 2019 e impresso na Itália. Harvey, espécie de padrinho, professor e amigo da fotógrafa boliviana-americana, considera a publicação uma obra-prima. “Maria nos mostra um olhar de humanidade, uma gentileza estética e uma humilde consciência”, comenta ele – ambos fizeram uma das apresentações on-line, via YouTube, do Festival Internacional de Fotografia Paraty em Foco 2020.

Graduada em Comunicação Social e Jornalismo na Bolívia, Maria Daniel Balcazar é apaixonada por aprender  idiomas (domina seis deles, inclusive o português) e estudou Artes na Gerlersborgskolan Art School, em Estocolmo, Suécia. Porém, foi um curso de especialização em Fotografia na Universidade de Boston que sacramentou seu destino profissional. O primeiro emprego na área foi como freelancer para uma revista editada pela Universidade Harvard, em Cambridge, Massachusetts.

Kilombo: Juliana dos Santos, devota do candomblé, nas ruínas da casa de um senhor de engenho em Nova Iguaçu (RJ). Foto: Maria Daniel Balcazar

Nascida em maio de 1956, Maria Balcazar passou a maior parte de sua vida profissional dedicada às artes plásticas, tendo inclusive fundado uma escola de arte para jovens na periferia de La Paz, capital boliviana. A partir de 2010, depois de se mudar para os EUA, começou a se dedicar à fotografia autoral.

No livro Kilombo, ela dirige o olhar para a religiosidade africana, fruto de suas andanças pelo interior de Minas e da Bahia, além de capitais como São Luiz (MA), Belém (PA), Salvador (BA), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Para ela, quilombo é sinônimo de território de resistência e de transcendência (a palavra africana, de origem Bantu, é grafada com k), algo que hoje está mais ligado aos movimentos contra o racismo e o preconceito. “As palavras sempre podem ser ressignificadas. Kilombo será sempre um território de luta, esperança, resistência e formação de identidade”, afirma ela.

Quando menina, Balcazar morou em Copacabana com os pais, e tem uma ligação afetiva com o Rio. Por isso, ela iniciou esse projeto na capital fluminense em 2015, visitando vários lugares e comunidades onde afrodescendentes vivem e se reúnem para rituais de candomblé, umbanda e de manifestações culturais, como a capoeira e o samba. Na sua busca por imagens espontâneas e verdadeiras, conta que foi recebida como hóspede em casas e locais de culto por pessoas que confiaram no trabalho dela. Fotografou em igrejas, terreiros, favelas e quilombos testemunhando uma extraordinária vitalidade do legado africano que se mostra na vida cotidiana brasileira.

Dos tempos de infância, ela tem lembranças do sincretismo religioso da cidade e da influência do pai, que chegou a ser embaixador da Bolívia no Brasil, na sua formação. “Minha avó materna me levava a cerimônias de Iemanjá nas praias do Rio. Mais tarde, meu pai, que morou no Brasil por mais de 35 anos e se fixou na Bahia até seus últimos dias, atraiu meu coração para a cultura afro-brasileira. Ele compartilhou comigo seu apreço pelas práticas religiosas e artísticas, que estudou durante os anos em que trabalhou na África, no Brasil, no Caribe e na América Central”, informa. 

Foto: Maria Daniel Balcazar
Foto: Maria Daniel Balcazar

Ensaios em andamento

Inquieta e envolvida profundamente com a cultura latino-americana, seu viés documental vem se ampliando em diferentes projetos simultâneos, como Invisible Custodians (Guardiões Invisíveis, em tradução livre), Julia, Los Herederos del Alba (Os Herdeiros da Aurora), Our Deepest Roots (Nossas Raízes Mais Profundas) e Eros e Thanatos. Em quase todos há uma predileção pelo P&B, em que ela maneja categoricamente seus tons e contrastes, e existem alguns mistos, com imagens coloridas inseridas entre o material P&B.

Los Herederos del Alba, livro que estava sendo impresso na Bolívia na ocasião da entrevista, registra o Carnaval de Oruro, capital folclórica boliviana, terra dos Urus, chamada de “Seres del Alba”, conta Balcazar. Marca o Festival Ito com desfiles e cerimônias que seguem costumes andinos tradicionais, baseados na invocação de Pacha Mama e do Tio Supay, respectivamente as figuras sincretizadas da Virgem Maria e do diabo. “É um legado que se entrelaça com a arte e o trabalho de bordadores, sapateiros e fabricantes de máscaras; entre histórias e lendas, divindades andinas, europeias e a memória dos escravos africanos; entre rituais de combate de comunidades nativas e de arcanjos
e demônios”, comenta ela.

O carnaval é na realidade um evento também religioso, pois todos os anos cerca de 48 grupos folclóricos e fiéis desfilam por 4 km até chegar ao santuário da Virgen del Socavón, padroeira dos mineiros, “deixando rastros de fogo e fumaça e projetando além das fronteiras da Bolívia a luz dos herdeiros da Aurora”, diz a fotógrafa.

Fotos feitas em Moxos, Bolívia, para a série Invisible Custodians: acima, Don Juan cuida de plumagem usada no Machetero, dança de guerra pré-colonial; ao lado, um abadessa segura vassoura de jaipuri, uma palmeira amazônica. Foto: Maria Daniel Balcazar
Foto: Maria Daniel Balcazar

Já o trabalho Julia, embora contemporâneo (mas sem abdicar de uma extensa pesquisa documental), é inspirado na poetisa e ativista porto-riquenha Julia de Burgos (1914-1953), que lutou pelos direitos civis das mulheres e também foi defensora da independência de seu país e dos escritores africanos e afro-caribenhos. São imagens que mostram um lado ainda mais poético de Maria Balcazar. “Julia era conhecida por sua coragem, sua visão rebelde e crítica das normas e do convencionalismo da sociedade de seu tempo. O amor pela natureza, o amor e o diálogo com a morte são elementos recorrentes na sua obra poética. Somos todos Julia”, diz a fotógrafa.

Série Herederos del Alba: jovem que participa da eleição de Princesa do Carnaval de Oruro, Bolívia. Foto: Maria Daniel Balcazar
Imagem do livro Kilombo, feita em Irajá, zona norte do Rio. Foto: Maria Daniel Balcazar
Etíopes no feriado cristão ortodoxo do Maskel, da série Our Deepest Roots, registrada na África Foto: Maria Daniel Balcazar

O documentário Invisible Custodians é uma busca histórica nos séculos 17 e 18 pelas missões jesuíticas que se estabeleceram entre a bacia do Rio Amazonas e a bacia do Rio de La Plata, na região de Beni e Santa Cruz, na Bolívia, com a missão de evangelizar os povos nômades desses territórios por meio da imersão em sua cultura e língua, sem violência nem destruição, criando assentamentos que se
tornaram economicamente viáveis e autônomos. Segundo a fotógrafa, o conhecimento e a cultura jesuíta europeia se entrelaçaram com a cultura indígena local e se transformaram em um valioso legado que ainda hoje é preservado e conservado.

“Trabalhar nessas comunidades e observá-las em suas vidas diárias me ensinou seu profundo entendimento sobre preservação e conservação não apenas de seu legado, mas também da natureza. Acho que poderíamos aprender com esses guardiões invisíveis a criar riqueza na escassez em vez de criar resíduos na riqueza porque todos os dias impactamos nosso planeta”, reflete a fotógrafa.

Da série Invisible Custodians: acima, órgão de 250 anos feito com madeira local pelo jesuíta Martin Schimid. Foto: Maria Daniel Balcazar
Típica casa de família chiquitana em San Miguel de Velasco, Bolívia. Foto: Maria Daniel Balcazar

Matéria publicada originalmente em Fotografe Melhor 290

Tags: afroAmérica LatinaarteBolíviacandomblécultura afrocultura negracultura populardocumentalJuan EstevesMaria Daniel Balcazarreligiosidade
CompartilharTweetPinEnviar

Outros conteúdos

Um olhar maranhense
Livros

Um olhar maranhense

26 de junho de 2022
O imaginário de um light painter
Baú da Fotografe

O imaginário de um light painter

26 de junho de 2022
Infância atemporal
Matérias

Infância atemporal

25 de junho de 2022
As casas voadoras de Laurent Chéhère
Baú da Fotografe

As casas voadoras de Laurent Chéhère

24 de junho de 2022
Os muitos projetos de Tadeu Vilani
Baú da Fotografe

Os muitos projetos de Tadeu Vilani

22 de junho de 2022
Imagens para colecionar
Matérias

Imagens para colecionar

21 de junho de 2022

Edição do mês

Fotografe Melhor

2020 © Editora Europa
Feito pelo Estúdio Teca

A mais destacada revista de fotografia da América Latina

  • Home
  • Revista
  • Prêmio
  • Loja
  • Sobre
  • Conta

Siga @fotografemelhor

  • Home
  • Revista
    • Matérias
    • Novidades
    • Edição do mês
    • Exposições
    • Livros
    • Baú da Fotografe
  • Prêmio
    • Grande Prêmio Fotografe 2022
      • Pré-selecionados Grande Prêmio Fotografe 2022
    • Prêmio Mobile Fotografe 2022
      • Ganhadores Prêmio Mobile Fotografe 2022
      • Finalistas Prêmio Mobile Fotografe 2022
      • Pré-selecionados Prêmio Mobile Fotografe 2022
    • Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Ganhadores Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Finalistas Grande Prêmio Fotografe 2021
      • Ensaios pré-selecionados
      • Imagens Destacadas pré-selecionadas
  • Loja
    • Revista
    • Livros
  • Sobre
    • Histórico
    • Equipe
    • Contato
  • Conta
    • Login
    • Nova conta
Search

Mais resultados...

Generic filters

2020 © Editora Europa
Feito pelo Estúdio Teca