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Olhar em perspectiva

A composição dos elementos de um cenário natural tem tudo a ver com o uso da perspectiva. Confira dicas entender o processo

Emerson Murakami por Emerson Murakami
18 de março de 2020
em Matérias
Olhar em perspectiva

Laguna Colorada, na Bolívia: os flamingos no primeiro plano se complementam com o céu dramático do plano de fundo

O termo “composição” na fotografia significa ordenar os elementos dentro do quadro e guiar a atenção dos espectadores para os mais importantes, de tal forma que eles representem a ideia central. Antes de tirar vantagem da perspectiva na fotografia de paisagem e procurar usá-la com perfeição em suas composições, você precisa ter uma boa e ampla compreensão desta técnica que ajuda a superar um desafio que fotógrafos e pintores enfrentam: criar uma sensação tridimensional em uma mídia que é bidimensional.

A experiência que adquiri fotografando paisagem me ajudou a compreender e aproveitar todas as possibilidades de fazer um primeiro plano se tornar um elemento importante na composição, transmitindo a profundidade e contexto. Para conseguir aplicar essa técnica, procuro ficar muito próximo do primeiro plano com uma lente grande angular e posicioná-lo de forma destacada na composição.

Quando vou a campo, primeiramente busco cenas que me atraiam. Quando localizo, dependendo do plano, saio à procura do complemento, ou seja, se a cena está no segundo plano, procuro algo para compor o primeiro, caso contrário, tento encaixar algo interessante no segundo plano.

Exemplo de uso em destaque do primeiro plano, em foto realizada no Parque Nacional de Torres del Paine, Chile

Explorar a perspectiva

Ao aplicar as técnicas de perspectivas nas suas fotos, certamente você terá imagens que causarão mais impacto nos espectadores. Porém, a principal regra mexer os pés, caminhar. Alguns fotógrafos têm o mau hábito de fotografar a primeira cena que avistam. Estão andando, algo chama a atenção e a primeira reação é pegar a câmera e fotografar num impulso quase que automático. Imagens com mais qualidade são feitas geralmente por pessoas que estudam a cena, procuram um ângulo diferente, buscam uma composição que mais se encaixe naquela situação, estudam o melhor primeiro e o segundo planos.

Isso significa procurar um ângulo inferior (ou um superior) aos olhos humanos, ir atrás da melhor luz e tentar conhecer em detalhes a área que você pretende fotografar. Caminhar certamente mudará a forma de interação entre os objetos da cena. Escolher a técnica adequada de perspectiva para fotografar não será uma tarefa difícil, mas enquadrar e compor os elementos adequadamente vai depender dos seus pés.

Linear

Existem alguns tipos de perspectivas que devem ser considerados e quanto melhor você compreendê-los, mais fácil será incorporá-los para criar imagens impactantes. Caso da perspectiva linear, também conhecida como o “ponto de fuga”, ou seja, são linhas paralelas que tendem a convergir quanto maior for a distância visual.

Um exemplo comum é uma estrada parecendo convergir para um ponto no horizonte. Outro são os trilhos do trem, que convergem por causa da distância. Essa convergência é reconhecida pelo cérebro como uma interpretação de distância e muitas vezes é usada para guiar o olhar do espectador até o ponto que se deseja chamar a atenção – caso da foto que fiz em 2018 no Deserto do Atacama, no Chile, em que os montes de terra e as faixas na lateral são essencialmente linhas paralelas, bem como a faixa dupla central, que levam o olhar do espectador para o horizonte distante, com a montanha ao centro.

As linhas diagonais também podem ser exemplo de perspectiva linear e são bastante poderosas numa composição. Fotografar a cachoeira Skógafoss, na Islândia, é algo que quase todo turista faz. Foi difícil resistir à caminhada para chegar próximo a ela, e ainda bem que consegui, pois nessa distância pude aproveitar as margens do rio para criar uma curva diagonal que conduzisse para a cachoeira.

Dois exemplos de uso da perspectiva linear: acima, as linhas diagonais conduzem o olhar para a cachoeira, fotografada na Islândia; abaixo, as faixas da estrada assumem o mesmo papel, em foto feita no deserto do Atacama, no Chile

De altura

A perspectiva de altura é similar à linear, mas em vez de se ter um ponto de fuga na horizontal e apontando para o chão, a técnica consiste em criar um ponto de fuga no plano vertical. Caso de quando se coloca a câmera na base do tronco de uma árvore ou quando se fotografa um edifício da base mirando o topo. Similar à perspectiva linear, essas linhas imaginárias convergem e levam a atenção do espectador para uma determinada área da imagem.

Na foto das árvores, que fiz em Campos do Jordão (SP), em 2017, os troncos são as linhas de convergência que apontam para o centro do quadro. Já a imagem de uma das torres da Ponte Lions Bridge, em Vancouver, Canadá, de 2016, não apenas os contornos da barra de metal mas também as fileiras de parafusos convergem para o topo, na área central, sugerindo ao cérebro a informação de altura por se tratar de uma torre e ter o céu ao fundo.

Acima, foto feita em Campos do Jordão (SP); abaixo, imagem registrada em Vancouver, Canadá; dois exemplos de uso da perspectiva de altura para criar um ponto de fuga no plano vertical

Atmosférica

A atmosfera é composta por diversos tipos de partículas, incluindo a umidade e a secura do ar, além de neblina, poeira, fumaça… Esses elementos naturais são capazes de criar diferentes camadas na fotografia, pois influenciam as tonalidade das imagens, variando do mais claro para o mais escuro – ou de forma intercalada. Por influenciar a tonalidade, a perspectiva atmosférica possibilita a criação de imagens com perspectiva de sobreposição por meio da diferenciação da tonalidade, criando mais uma vez a sensação de profundidade.

Na foto da Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul, de 2017, a perspectiva atmosférica criou diferentes tonalidade no centro do quadro, gerando a sensação de distância entre os planos. Parece ser um final de tarde bucólico, com certa neblina, mas  é a triste realidade da fumaça de áreas queimadas, técnica utilizada pelos agricultores bolivianos, do outro lado da fronteira com o Brasil, ao preparar o solo para o próximo plantio.

Uso da perspectiva atmosférica em foto realizada na Serra do Amolar, no Pantanal

De sobreposição

Quando objetos aparecem no mesmo quadro visual, os que estão mais perto da câmera tendem a se sobrepor aos demais, escondendo parcialmente os que estão mais distantes. Portanto, o cérebro entende que objetos sobrepostos estão mais distantes, criando a informação de profundidade. Na foto em que os flamingos aparecem enfileirados, feita na Laguna Colorada, na Bolívia, em 2018, o primeiro sobrepondo o segundo e assim por diante, é possível  entender que existe uma distância entre a primeira ave e a última.

Sensação de profundidade dada pela sobreposição dos flamingos, em foto feita na Laguna Colorada, Bolívia

Diminutiva

A perspectiva diminutiva surge quando se tem dois objetos do mesmo tamanho, mas o mais próximo da câmera parece maior. Como os dois objetos são do mesmo tamanho, mas estão em distâncias focais diferentes, o cérebro pode ser enganado, sugerindo que o segundo objeto é realmente menor. Como no caso do segundo balão, na foto que fiz na em Sossusvalei, na Namíbia, em 2017, que parece menor do que o primeiro. Mas são exatamente do mesmo tamanho.

Exemplo de perspectiva diminutiva faz com que um balão pareça maior que o outro

Forçada

A perspectiva forçada é muito utilizada para brincar com as imagens, de forma que o objeto distante pareça estar mais perto do que se imagina. Você provavelmente já deve ter visto fotos de uma pessoa segurando a Torre de Pisa com as mãos para que não caia ou algo semelhante. É apenas uma questão de enquadramento para adequar a ação à imagem que está no fundo, como na foto de Virgínia Fialho, em que ela mesmo aparece “segurando” uma nuvem na região da campanha de Santa do Livramento (RS).

A perspectiva forçada faz parecer que a pessoa está “segurando” a nuvem. Foto: Virginia Fialho

Matéria publicada originalmente em Fotografe Melhor 277

Tags: composiçãodicas práticasEmerson Murakamipaisagemperspectiva
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